quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Quase Desisti...





















Quase desisti de viver depois que perdi você!
Tentei viver de forma 'normal';
me relacionar com outras pessoas, tentar me apaixonar;
arranjar um namorado aqui outro ali... estudar, trabalhar, beijar, fazer amor;
sair com amigos, beber algo... aproveitar a vida!
Na realidade estou viva!
Estou aqui, mas me tornei uma pessoa amarga;
acima de tudo neurótica, medrosa, covarde!!!
Não confio nas pessoas, seja ela conhecida ou não.
Penso tanto no passado, se tivesse sido diferente;
se não tivesse acabado; e se , e se, e se...
Eu me cansei... de nada na minha vida funcionar realmente!
Que Deus continue me abençoando!







domingo, 26 de setembro de 2010

Coisas que você gosta...

Músicas clássicas eruditas; seu favorito é Mozart, mas acha fascinante a obra de Vivaldi; a alegria que ele coloca nas suas composições e ao mesmo tempo de Beethoven; que lhe fascina também, só que pelo motivo inverso; a tristeza que coloca nas suas composições.
VOCÊ É CURIOSO!

APARIÇÃO: A primeira vez que eu lhe vi!

Uma aparição divina, era a primeira vez e por ser tão perfeita também achei que poderia ser a última, me apaixonei; sozinha, lógico, até por que você nem me viu, aliás, não me notou.
Nossa! Aquilo durou menos de dez minutos, mas depois que “acordei” do que parecia ser um sonho, senti que tinha se passado muito menos do que havia imaginado.

E tudo começou no dia 05 de junho de 1991, numa festa e desde então nunca mais esqueci e sei que para sempre fará parte da minha vida e que em tudo você está e estará presente.
Estamos em 2009, ou seja, faz então 18 anos que tudo começou e devido à intensidade sei que para sempre durará.

Essa narrativa para mim é prazerosa, embora doída, contraditório, tenho consciência disso, mas é verdadeiro, ou seja, tudo que vou contar em detalhes, não só é verdade como também é inesquecível, pode soar apenas como uma história de amor, paixão e para certas pessoas teve leviandade, o que não é verdade!

Meu eterno amor, meu querido e por fim, você é o homem da minha vida, lhe amo e sempre o amarei, não o tenho e minha convicção é que jamais o terei.
Amarguei longos 18 anos para conseguir escrever sobre essa história, mas agora sei que estou pronta e ainda dói, ainda choro, ainda sinto saudades, porém, tenho consciência que não adianta “querer” então decidi que poderia falar, abrir meu coração, talvez passe a doer menos.

Amor à primeira vista.
Quando falo isso ninguém acredita, então está bem, e paixão à primeira vista? Será que é possível?
Isso não importa, apenas sei o que senti e isso me basta.
Quando o vi pela primeira vez, uma luz se acendeu dentro de mim, tremi toda e um fogo tomou conta do meu corpo, foi numa fração de segundos e rapidamente corri em direção a uma amiga e a questionei quem era aquele homem; ‘ o chefe de departamento do curso’, resposta que me caiu como uma bomba, sim, como uma bomba, pois eu poderia desistir, sem ao menos tentar, e ainda por cima estava acompanhado, por alguém na minha opinião, terrivelmente insignificante. Deus como posso julgar se alguém é insignificante ou não, até por que é com ela que ele permanece até hoje, foi com ela que construiu uma família, que teve duas lindas filhas, pois mesmo na minha opinião, vivendo de aparências, é com ela que ele irá permanecer, por muitas razões, que só ele poderia responder, só de uma coisa eu sei, não é por amor ou paixão, esses são os motivos os quais ele estaria comigo.
Até ali coloquei um ponto, até certo ponto me desliguei, nunca mais esqueci, ficou guardado.

Foi à única pessoa até hoje em minha vida que conseguiu me fazer sentir o conjunto de sensações, as quais uma pessoa apaixonada está predisposta; ‘frio na barriga, coração acelerado, pernas bambas, dor de cotovelo, dor na ausência, um rubor na face, olhos brilharem', entre outras coisas tão pessoais que só consegui dizer a ele.
Até explodir em Janeiro de 1992, quando recebemos a excelente notícia, ou seja, nossa professora de matemática sairá de licença e serão substituídos pelo o chefe de departamento, todos ficaram animados, mas eu não, ‘soltei fogos’.
Como eu poderia permanecer no mesmo espaço ‘daquele’ que mexeu comigo desde o primeiro instante que o vi?
Chegou o dia da primeira aula, o mesmo chegou, se apresentou e iniciou uma conversação, para conhecer melhor a turma, permaneci em sala, uma sensação de euforia inexplicável e incontrolável, saía e retornava diversas vezes da sala, porque aquilo tudo não cabia dentro de mim; eram duas aulas seguidas, a dificuldade aumentava, quanto mais tempo, mas temerosa eu ficava, temendo não conseguir disfarçar a minha atração, a minha loucura e a minha aversão a qualquer aluna que se aproximasse dele.
Segunda semana teve uma rápida sensatez, de me afastar e cair em mim e ver que aquilo não ia dar certo, mas como narrei acima, “rápida”, pois a minha racionalidade tinha desaparecido por completo.
Em um momento que eu não esperava fui abordada pelo o mesmo, me interrogando por que ‘sumia’ nas suas aulas.
Eu totalmente surpresa, pois não havia imaginado que o mesmo notaria, não consegui responder com segurança.
Quando de repente me aconteceu o inesperado...
Num certo momento senti ‘as possibilidades’ no ar, foi um estalo que até hoje não consigo explicar...Só conseguia sentir.
Existiam garotas na sala de aula naquele momento promissor, e poderia ter sido qualquer uma de nós, no entanto fui o alvo... Como era a última aula, ficamos matando o tempo conversando, cada um falando de si, com exceção dele, na verdade me tornei o alvo para todos, por fim acabaram me chamando de narcisista, e por causa disso acabei recebendo uma indicação de um livro, pois segundo ele tinha tudo haver comigo; ‘O Retrato de Dorian Grey (Oscar Wilde) ; como estávamos entrando de férias, me comprometi que depois que lesse o livro iria entregar na sala dele, pois como ele era o chefe do departamento, ele não teria férias.
Naquele mesmo ano comecei a trabalhar próximo ao trabalho dele, apenas um período e por ironia do destino ou não, cruzava com ele com muita freqüência, e eu até criava oportunidades, ele como sempre muito gentil!

Cheguei na parada de ônibus numa ansiedade sem dimensão, o coração pulava dentro do meu peito numa disposição de um bebê, cheia de expectativas para o dia, que prometia; e foi muito rápido que tudo aconteceu, você me apareceu, parou sua moto e se dirigiu a minha pessoa; ‘vai subir senhorita?’
Eu não respondi, subi na moto e colei no teu corpo, com uma intimidade, que eu não poderia ter, pois não existia laço algum.
Essa situação se repetia e no decorrer dessa carona havia sempre ‘conversas’ paralelas, havia o contato, as curiosidades, o fogo, a pressão, então comecei a minha investida, no entanto ele parecia imune, outras vezes balançado; depois de algumas tentativas frustradas fiquei tensa e paranóica, não conseguia conquistá-lo, não funcionava com ele, eu era transparente e não usava de jogo de sedução programado, se conseguia arrancar dele um suspiro, um olhar, um rubor de face ou mesmo um sorriso, eram atitudes muito verdadeiras, era medíocre, mas eu estava satisfeita com qualquer atitude positiva que viesse dele...E aquilo só crescia, ele não me dava um fora, nem me dava esperanças pra destruir aquela muralha, que parecia intransponível, mas eu não desisti; Deus como me envolvi e tudo isso unilateral, platônico até, estava obsecada, não existia mais nada, nem ninguém, um completo estado de inércia em relação a outras coisas e pessoas.
A minha esperança, ‘que ele me notasse’... Mais isso não acontecia, ignorava todas as minhas investidas e cada vez mais eu era mais enfática e ele ‘nada’, algumas amigas já tendo percebido toda a situação, me interrogavam...’Você está apaixonada?’ Mas a negação era de imediato, como por impulso e defesa; MEDO; ‘claro que não’ mas é tolice negar quando se é transparente, decidi então aceitar, me permitir.
E o que eu pensava está perdido, havia se tornado para mim um desafio, que eu costumava pensar: ‘nunca tive que correr atrás de alguém dessa forma, para mim até então sempre havia sido muito simples e fácil’ então tive certeza ‘estou apaixonada pelo chefe...Todas as perguntas de uma só vez; E agora o que vou fazer? Ele não enxerga, para ele não passo de uma aluna de um cursinho de nível médio, mas mesmo assim eu resolvi abrir tudo!Em outra situação havia desistido, mas eu não conseguia, tentei diversas vezes desistir, não só por achar que era impossível, mas por achar que estava tudo errado e o pior,
contra os meus princípios ‘ele era casado’; mas ao contrário do que eu pensei, isso realmente não me deteve, entrei em conflito, por achar errado; contei tudo pra ele, e foi a coisa mais incrível que me aconteceu e senti uma tamanha felicidade que não acreditava ser possível ou não acreditava que eu merecia aquilo.

"E no dia 29 de Maio de 1992, após as 17:00 horas eu não era mais EU! Era necessário que eu fosse direta e acabei sendo um pouco rude, era necessário que eu fosse clara e rápida, ou seja, sem rodeios, mas que eu me fizesse entender; poucas palavras para que eu pudesse sair logo.
Entrei na sala dele e olhei bem nos seus olhos e disse:
Eu vim aqui para lhe dizer algo, preciso que me escute, não me interrompa.
Por favor, quero apenas que você me escute e nem precisa dizer nada, preciso falar, não se sinta mal, pois o que eu vou dizer, você não tem nenhuma responsabilidade, nem culpa...nada
Olhe, preste atenção professor estou apaixonada por você, como começou, não sei lhe dizer, mas eu não consigo mais negar e esconder isso tudo e pronto e tchau e se não quiser mais falar comigo, eu vou entender’ mas esse sentimento tomou uma proporção muito grande e ficou impossível de guardá-lo só pra mim, sinto que agora ficarei bem melhor, não se preocupe, vou sair daqui bem mais leve e tranqüila, pois lhe disse o que precisava e não agüentava mais, desculpe!"

...Ele meio travado conseguiu sair de trás da sua mesa e me segurar pelos ombros, mas eu estava descontrolada demais para perceber aquela atitude com olhos de esperança, na verdade eu estava apavorada, pois apesar da bomba que havia acabado de dizer, sabia que não ia escutar nada positivo ou algo favorável a mim, porém, você me segurou e, pasmem, ‘me beijou’, tudo sumiu a minha volta...
Na verdade não foi muito bom, foi suave, mas respeitoso, realmente não era o que eu estava esperando, esperei algo mais quente, apaixonante, numa fração de segundos pensei: “Ele não me quer, me beijou como num impulso, pois tudo aquilo que ele ouviu mexeu de certa forma com ele, o envolveu, mas aquele não era um beijo de paixão, pudera, ele não estava apaixonado!”.
Mas o segundo foi ótimo! Depois um abraço forte...Pensei rapidamente, ele não sente a mesma coisa que eu sinto, mas me quer, e se depender de mim, vai querer muito mais!
Inesperadamente tive vontade de chorar de emoção e fiquei aninhada nos seus braços alguns minutos, que mais pareceram horas, fomos embora dali então.
Enfim eu me afastei, sem acreditar e para avaliar o que acabara de acontecer...
Estava feliz, havia conseguido chegar naquela muralha inabalável; inclusive sempre lembro de uma frase dele, que depois de três meses desse episódio, ele repetia em diversas oportunidades, que dizia o seguinte: ‘Passei três anos para erguer essa muralha, você levou três meses para derrubá-la’; eu me sentia poderosa, isso para mim queria dizer simplesmente que ele sentia por mim o mesmo que eu sentia por ele, era tudo que eu queria e foi tudo que me fez feliz enquanto estivemos juntos, ou seja, sete meses.
Sinto saudades demais, parece que me amputaram um membro, dói!
Era algo tão óbvio que todos puderam perceber meu comportamento, quanto mais eu tentava ser natural ou disfarçar, mas eu me denunciava; contei para minhas amigas, confiei ‘o segredo’, precisava de cúmplices.

Um ‘belo’ dia tive um choque na rua; uma espécie de medo misto com raiva era ela, 'bem grávida', emudeci, acho que perdi o chão, fiquei num baixo astral inexplicável, naquele dia tenebroso tive somente uma certeza, ele jamais seria meu, jamais seríamos felizes juntos, aquela criança colocaria um ponto. Apesar daquele dia passar sem deixar maiores traumas e me fazer até esquecer o que pensei naquele dia, foi exatamente o que ocorreu quatro meses após, pois o fim chegou realmente, só não fizemos terminar, por excesso de sentimento, tentamos, insistimos, mas a existência das duas na vida dele era prioridade, embora ele não quisesse colocar um ponto, pedia que eu tivesse uma paciência, até imprópria, que eu tivesse uma força sobrenatural, mas eu não tinha, não tive realmente.

Dois de Agosto de 1992, o procurei como de costume, não o encontrei e fiquei em pânico, um tempo depois, soube da mais nova novidade, a filha dele havia nascido e ele viajou... Senti o fim se aproximando, era uma sensação dramática, mas era a realidade, aquele dia foi o segundo aviso, que eu devia ter lido nas entrelinhas, o fim não dependia de muito mais tempo.

Duvidei de tanta felicidade, vivia na corda bamba e sempre estava escrevendo, registrando os fatos mais importantes, era muita felicidade, ironicamente eu não estava acostumada, existia uma negatividade no fundo do meu coração que me avisava sempre do perigo presente, sentia que ia sair dessa história magoada, na pior, somente consegui constatar.
Ele voltou completamente apaixonado e o meu medo só crescia, mas resolvi nada falar; sabia que meu destino estava selado, fiquei na expectativa.

No mesmo mês tive uma experiência única, viajamos juntos!
Um poder irresistível de cuidar dele, de tê-lo nos meus braços, como um menino, desprotegido, carente e totalmente entregue, dormiu, vulnerável e eu me senti novamente forte... Ele era meu!
Quando me deixou no lugar combinado entregou-me uma folha branca, com apenas uma frase que dizia o seguinte:
‘Somente a entrega completa permitirá o encontro’ e atrás um número de telefone, caso eu precisasse de algo.
Cometi uma loucura a mais, liguei, óbvio, da rua, de um orelhão qualquer e pedi para que alguém que ia passando falasse por mim, algo muito louco, pouco tempo ele apareceu, conversamos, mas não houve demora, mas eu era medíocre, de tanto amor, o pouco era muito, tinha que admitir.
Ele ficou apenas o final de semana, viajou e eu permaneci mais uma semana, para ver a questão dos exames da mama que eu teria que fazer.
Dia seguinte ligou e dia após dia ligava, com aquele carinho e preocupação que o define tão completamente, ele parecia ser todo coração e ao mesmo tempo parecia ser de ferro, frio, distante, seco.

Voltei cheia de saudades para os braços do meu amado imortal.
Logo marcamos um final de semana num ‘sítio imaginário’, o que seria então a casa dele, dois ou três dias em off, longe do mundo, até do sol, para tudo, somente para amar e ser amada, ficamos confinados, dormíamos juntos, abraçados, naqueles lençóis brancos que sempre deixamos molhados de suor de tanto amor.
Como posso esquecer?
Como posso não chorar?
Como posso não sofrer?
Como posso não sentir falta do nosso amor, do nosso contato, da nossa união de corpos e de almas.
Ele é a única pessoa no universo que me faz sentir tudo que sinto, todas as emoções e sensações...
Sou dele, sempre serei.


Setembro passou perfeito, como desde o início.
Outubro tudo parou no tempo.
Ela voltou (elas), algo que só estava programado para Janeiro.
No dia 29 de Outubro de 1992, a bomba, meu mundo caiu e junto tudo que fazia parte dele...
Fui abandonada literalmente por ele!
Estão se apaixonada não temos razão, agimos totalmente pela emoção, e estamos totalmente vulneráveis.
Na medida que o tempo ia passando ele se afastava mais e mais, na verdade não deu pra suportar o silêncio e a frieza e acabei sendo vencida pela dor do abandono e desprezo, pois era assim que eu me sentia.
Tentava criar oportunidades para uma aproximação, mas ele sempre dava um jeito de me evitar, aquilo doía, mas ele dizia que era uma forma de se precaver, pois as pessoas estavam percebendo e que nós devíamos ter mais cuidado, pois todos comentava, só tinha uma coisa que não justificava a indiferença, por que só precisávamos tomar cuidado naquele momento?
Por que ela havia voltado? E antes, éramos apaixonados e não estávamos preocupados e todos percebiam e ele não se importava.
Sabe quando uma pessoa está completamente apaixonada que não se dá conta do que os outros pensam ou falam, era assim que eu pensava, eu não me importava, meus olhos brilhavam só em pensar nele, e quando estávamos juntos aí é que o mundo se “acabava”.
E por 5 meses pensei assim... 'que o mundo de exploda'; o pior é que ele também pensava e agia, porém depois que ela voltou, tudo mudou.
Foi os 7 meses mais intenso da minha vida, nunca vivi nada parecido; mesmo que no quinto mes... ela tenha conseguido abalar nosso 'tudo', mesmo assim ainda era intenso... o que eu chamava de amor... agora dera lugar a muita dor, falta e  saudade, ainda assim, era intenso... tudo que vivemos foi intenso e autêntico... felicidade ou infelicidade.
Continuo a lhe amar incondicionalmente!